Mas tinhamos que seguir viagem ao outro lado da Provence em direção à Saint Rémy e Baux en Provence para dormirmos em Avignon, onde já tinhamos hotel reservado por duas noites. Antes de embora, Pietrick nos deu um bouquet de lavanda, daquele tamanho que daria para fazer uns mil sachês e ele nos acompanhou pelo resto da viagem deixando nosso carro perfumado. Pé na estrada, linda, dia de sol, céu pintado de azul, chegamos em Saint-Remy de Provence, cidade charmosérrima que conseguimos conciliar no mesmo dia do mercado famoso, aliás, da melhor qualidade.
A cidade uma graça, maior que as aldeias do Lubéron, mas com uma paisagem especial e arquitetura típica. A feira era irresistível, que além de tudo tinha muita mercadoria diferente e com preço ótimo, só como exemplo, a Amanda levou por 50 euros uma bolsa linda que certamente no Brasil não sairia por menos de 800 reais, na Le Lis....
Então, já sabem, para quem quiser comprar coisas bonitas e diferentes, há uma infinidade de peças de enxoval, lenços e echarpes, enfeites para casa, sabonetes de todos os tipos, com destaque para os de lavanda (claro), fora os ingredientes para quem se aventura na gastronomia. Sem palavras para descrever todos os tipos de temperos, azeites, ervas, com um aroma delicioso. Mas não foi só isso, St-Remy também foi conhecida por promover os festivais nas décadas de 60 e 70, inclusive alguns de nossos artistas da bossa nova e da jovem guarda estiveram lá e fizeram muito sucesso naquela época. Fora isso vimos bistros da melhor qualidade, o já famoso Café des Arts, que é uma oportunidade de imaginar aquela época em que Jean Cocteau, Nostradamus ou Picasso viveram por lá. Saint Rémy é conhecida como “a Provence realmente autêntica”.
Além disso, é famosa pelos chocolates do chocolatier Joel Durand que há duas décadas está radicado na cidade, por isso fomos na loja dele primeiramente na hora do almoço e estava fechada, depois antes de seguirmos para Baux quando conseguimos experimentar alguns delicados bombons, herbes de Provence, chocolats de Provence, bombons com pimenta, jasmin, curry, earl-grey, amêndoas, lavanda, violeta e até de azeitonas. O diferencial é que cada bombom é pequenino e tem um decalque de uma letra do alfabeto em cima, de A a Z.
Ah, ele estava na loja também e diferentemente do que imaginávamos ele nem foi simpático, talvez não estivesse nos seus melhores dias, mas pelo menos vivenciamos aquilo que pesquisamos e podemos deixar aqui nosso depoimento, o bombom é gostoso e diferente, mas em Paris certamente se encontram chocolates bem melhores...
Fomos também a uma espécie de museu, o antigo hospital psiquiátrico onde Van Gogh foi internado algumas vezes durante um ano para tratamento, estadas entrecortadas de criação e de abatimento. Do seu quarto ele via as colinas inclinadas sobre os campos, nos Alpilles.
E, apesar da angústia que ele sentia por causa de sua doença e da severidade do hospital, ele encontrou a inspiração para pintar verdadeiras obras primas, na paisagem outonal das oliveiras, dos campos, do sol, das colheitas, das noites estreladas e dos ciprestes. Nos jardins conservados e maravilhosos, que reconhecemos nas telas de uma maneira singular, quando produziu Campo de Trigo e Ciprestes e Desfiladeiro. Para entender Van Gogh, o livro que ele escreveu ao seu irmão - Cartas à Théo - que descreve bem o que ele viveu naqueles dois anos na Provence e o seu pensamento estético.
E, apesar da angústia que ele sentia por causa de sua doença e da severidade do hospital, ele encontrou a inspiração para pintar verdadeiras obras primas, na paisagem outonal das oliveiras, dos campos, do sol, das colheitas, das noites estreladas e dos ciprestes. Nos jardins conservados e maravilhosos, que reconhecemos nas telas de uma maneira singular, quando produziu Campo de Trigo e Ciprestes e Desfiladeiro. Para entender Van Gogh, o livro que ele escreveu ao seu irmão - Cartas à Théo - que descreve bem o que ele viveu naqueles dois anos na Provence e o seu pensamento estético. 


